quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

escaladas em Macacos

À esquerda da foto as instalações da mina da mutuca e o desmatamento gerado pela mesma
Observando a via com o Vale do Sereno e suas grandes edificações ao fundo

Localizado no município de Nova Lima, São Sebasião das Águas Claras é um dos poucos lugares ainda preservados na região metropolitana de BH, sendo ainda um refúgio para os moradores da Capital, por seus inúmeros condomínios, pousadas, bares e restaurantes, o que atrai em torno de 2000 visitantes por final de semana e atrai vários praticantes de esportes radicais.

A atividade principal da região é o turismo, porém há grande incidência de atividade mineradora, onde, dentro de seus territórios, há inúmeras trilhas usadas por jipeiros e motoqueiros, sendo referência em trilhas de dificuldade moderada.

No início da estrada de acesso, logo após a rotatória da entrada da mina, avista-se à direita, alguns afloramentos rochosos, onde o mais a direita detém duas vias e o mais à esquerda e mais alto, três vias, todas de de graus variados. As trilhas de acesso se iniciam a uns duzentos metros antes da portaria do condomínio Chácaras do Engenho, este se localiza virando à direita na primeira rotatória que tem como referência a portaria da mina, sendo esta trilha de fácil acesso, não passando dos 3 min. de caminhada. O outro afloramento se acessa através da base do bloco, descendo pela base das rochas e acompanhando o nível, esta trilha porém está descaracterizada, sendo necessário "abrir mato no peito" durante alguns trechos.

A via da foto me parece um sexto grau forte, mas pouco exigente, é necessário o uso de um friend 2 ou similar, talvez um "nut de nó de corda" irá substituí-lo, mas o diâmetro da corda deve ser maior que 10,5 mm, ao lado têm uma via mista de grau indefinido.

No afloramento de baixo há uma via de 5, outra de 6 e não deu tempo de escalar a outra (todas são fixas), que me parece ser um pouco mais exigente, pela inclinação negativa do começo e pela grampeação, que é de chapeletas.

É aconselhável deixar o carro no posto de gasolina, na beira da BR, pois a estrada de acesso ao condomínio pertence à mineradora, e fomos aconselhados pelos seguranças de não deixar o carro próximo aos portões "inutilizados" pela mesma. Isto aumentará a caminhada para uns 20 min. mas nada que irá matar alguém...

As vias não são muito utilizadas, merecendo atenção redobrada com pedras soltas e nidificação de aves, sendo necessário o bom-senso de quem tem a inteção de ascendê-las.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A volta ao cume!

visual do alto da serra de igarapé, comd estaque par a rod. Fernão Dias
a base da via, vista pelo topo da pedra
Triando o equipo, no canto superior direito da foto o canino e o dentinho
Vistos pelo bloco da pirâmide
Alexandre malhando a aparelho fixo
Igão mandando um lance
a direita da foto, na árvore da base da rocha, inicia-se a via aparelho móvel
Ricardinho se posicionando no cume para tira mais fotos
Cléber Braga deixando a mensagem no livro de cume
Fervendo a água com a urna do livro de cume


Quatro meses após a conquista do dentinho, resolvemos fazer uma "visita" ao cume do mesmo, porém com um pouco mais de gente para poder graduar a única via fixa do setor; graduação que ainda gera um pouco de dúvida, pela facilidade da via em comparação com a resistência e pelo acesso que não é de graça!

Uma das imagens mais deslumbrantes que presenciei foi a regeneração da natureza em relação às queimadas ocorrridas há poucos, onde uma onda verde tomou conta de todo o vale, inclusive desfazendo a trilha feita então no inverno, o que acabou desorientando um pouco para o acessso aos setores de cima.

Outro desenvolvimento gerado para o local foi a abertura de vários boulders, pela galera do stone (me corrijam se estou errado), estes que pelo meu grau de cachacismo são totalmente inviáveis, mas ainda não exploraram nem 1% das potencialidades do vale.

Houve também a repetição e cadena da via ex-corega, que sugiro 7a móvel esportiva, muito bem protegida e com lances altamente técnicos em diedro, necessitando de confirmação da graduação.

O mais interessante é que ao chegar ao cume do dentinho a galera se tocou que a panela levada para ferver água e nos proporcionar uma leve refeição ficou esquecida na base da via, portanto como solução criativa a galera pegou emprestado a urna do livro de cume para ferver a água, mas nada que alterasse a mesma para o principal objetivo: manter preservado o livro de cume!

Agradeço aos que participaram e peço mais repetições para fixar a graduação da via que está até então cotada em 6/6+.

O croqui de acesso e localização da via está postado neste blog, no marcador "croquis".

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Escaladas em Conselheiro Mata

Detalhe do alto da rocha no Salitre
Único mercado da cidade

Afloramento rochoso na beira da estrada

Eu e Dário na base da rocha

Mandando um lance pra mandar uma proteção

mais um lance

fenda irada no salitre


Alguns fins de semana aí pra trás recebemos a visita do ilustre Difora, escalador de Ouro Preto que atualmente escala nas regiões do noroeste do estado...

Devido ao fato de ele sempre estar escalando em uma única região, resolvemos então sair da rotina e direcionar um pouco ao norte para escalar em mais uma grande referência histórica do nosso país: Diamantina, um lugar bonito e deslumbrante que guarda características específicas do alto jequitinhonha, e se localiza bem no meio do espinhaço, tendo várias possibilidades de escalada em uma rocha altamente aderente e desprovida de agarras, um quartizito bem cristalizado!

Juntamos Eu, Igão, Dário (que parece mais escalador de Ouro Preto do que BH) e Difora saindo por volta de meia noite da sexta para podermos aproveitar melhor o fim de semana... Chegamos em Cons. Mata por volta de 05:00 da matina e resolvemos tentar acomodar no carro mesmo para esperar o amanhecer.

Nem deu pra fingir o descanso e lá estávamos nós sendo recebidos pelo Sr. Kussu, dono do único armazém/bar/pousada da cidade, onde pudemos apreciar um delicioso café da manhã! Mais alguns minutos proseando e lá estávamos nós, dentro do santanão caçando pedra para escalar...

Depois de fazer um grande tour pela estrada e poder observar grandes formações rochosas entre 20 e 300 mts, que me parecem desprovidas de vias, sendo algo que já está reservado para novas conquistas, paramos na beira da estrada, onde uns 200 mts do acostamento têm uma face levemente negativa em que o Dário e o Difora já haviam iniciado uma via, era este lugar que tinhamos de escalar, sóm que no dia anterior havia caído um bocado de chuva, desfavorecendo qualquer escalada nas vias existentes, no entanto havia uma via interminada e após uma breve conversa com os conquistadores lá estava eu, caçando num sei o quê pra continuar tocando a via pra cima e bater mais três outras proteções, sendo finalizada e graduada pelo Difora como 8a/b e denominada Rupestre +- 20 mts muito bacana, mas necessita de um camalot médio (amarelo) para ser iniciada com segurança...

Um pouco mais a direita, Igão e Dário iniciaram um projeto que já se chama Kussu, em homenagem ao cidadão local. No mais aproveitamos e demos uma escaladinha no Salitre e podemos conhecer a cachoeira do toca e refrescar nas águas geladas da região...

Agradeço a galera por conhecer um lugar tão irado e minha próxima visita já se aproxima!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Torres de Mariana

Visual do alto da cartuxa
vegetação seca
afloramentos vistos da estrada
a fenda
início da fenda
Eu e Igão no abrigo da base da via
Diedrando...
lançando a primeira proteção
protegendo...
em cima do tótem
Alexandre se ajeitando para grampear
Alexandre entrando no lance
Artificializando...
caçando os pés
vista geral do castelinho
Com 1343 metros de altitude, o pico da cartuxa se localiza nas proximidades de Mariana, e detém um conjunto de blocos de hematita que vão até os 30 mts de altura e proporcionam várias possibilidades de escalada em variados estilos, além de um visual fora do comum, onde se avista a serra do caraça como uma forma imponente sobre todas as outras montanhas em seu entorno.

Uma das principais vantagens de se escalar no castelinho (nome do pico de escalada) é que no próprio caminho têm água potável e a caminhada de aproximação é bem leve, não passando dos 20 min. e com subidas e descidas não muito acentuados.

Neste caso vimos uma boa oportunidade de abrir uma via no primeiro bloco, Igão bateu os olhos e visualisou uma fenda que se estendia até metade do bloco, continuando uma parede lisa de uns 5 metros onde logo acima abria outra fenda, um pouco mais larga, e chegava até o cume do bloco, parecendo ser escalável, daí só repomos as energias e saímos pra conquista...

A primeira fenda se mostrou bem fácil de ser superada, porém, quando chegou na parede lisa, as coisas se provaram ao contrário, sendo a única alternativa para mim e para a galera (no máximo 7 grau) que estava comigo, mandar o resto em artificial e mesmo assim num foi tão fácil superar o resto daquela linha...

Ao ver que num tinha mais jeito de ir no móvel, passei a ponta da corda para o Alexandre, pois o mesmo foi mandar uma proteção fixa para podermos continuar a via, e após esta proteção é que os problemas se iniciam, pois aí é que num dava jeito mesmo de mandar em livre! Sendo necessário o uso incessante de estribos com direito a mimosinha dos cliffs e escalada na chuva...

Após terminar a via e recolher as proteções São Pedro havia reservado uma surpresinha pra gente... dilúvio até dentro do abrigo e raios caindo de tudo quanto é lado!! Foi mais drenante aquele momento do ápice da tempestade do que mandar a via e vacar nos cliffs, mas o melhor estava por vir, depois de descer a serra e arrematar um sanduíche em Ouro Preto, a lua iniciava seu ciclo noturno, se revelando como um grande farol e devido a sua grandiosidade, havia até como se distinguir São Jorge e o dragão desenhado pelas suas grandes crateras, cicatrizes de tempos remotos...

Devido as circunstâncias do dia batizamos a via de Tempestade Repentina 5(A1/9?)mista 22 mts. sendo necessário um jogo de friends(até os grandes) e um jogo de nuts para repetí-la em livre e talon, hook e fifi para ir no artificial.

Valeu galera, pela iniciativa e por chegarmos ainda acordados em casa...

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

croqui vale do paraíso perdido


Todas as vias fixas eu ainda não tenho informação, portanto, atualizarei logo que possível..

Bloco da batcaverna
linha laranja - XXXXX - fixa +- 30 mts 8?/9?
linha vermelha - XXXXX - fixa +- 25 mts 7?/8?
linha amarela - fissura da ilusão - móvel +- 35 mts 7a/b
linha azul - XXXXX - fixa +- 12 mts 8?/9?
linha verde - XXXXX - fixa +-12 mts 8?/9?

bloco da caverninha
linha roxa - XXXXX - fixa - 7?/8? +- 20 mts
linha laranja - fissura sabrusa - móvel - 7a/b +- 30 mts

bloco da inflação
linha vermelha - fissura 3 por 1 - móvel - 5sup/6 +- 30 mts

bloco do couro de cobra
linha azul - vestígios da peçonha - móvel - a1+/9? - +- 13 mts
linha amarela - constrição da jibóia - móvel - 6sup - +- 35 mts

bloco do dentinho
linha verde - aparelho fixo - fixo - 5sup/6 +- 30 mts
linha roxa - aparelho móvel - móvel - 6sup +- 30 mts

bloco do canino
linha laranja - ex-corega - móvel - 7a +- 18 mts
pontão do desespero
linha vermelha - fissura no peito e na raça - móvel - 6sup +- 30 mts
a maioria das vias estão publicadas individualmente em postagens antigas neste blog, no marcador "escalada igarapé"
Para acessar o vale do paraíso perdido, deve-se seguir fielmente ao caminho da pedra grande, no entanto, na primeira bifurcação da estrada, no início do trecho de terra, há uma placa indicando "usiminas mina leste - 7km", fique atento, pois você deverá virar à terceira trilha à esquerda (esta comporta carros de passeio) após esta placa, a característica desta trilha é que nos primeiros cem metros há uma curva brusca à esquerda com uma pequena vala e mais ou menos cem metros depois, no meio da estrada há um fogareiro feito de pedra, após este fogareiro, virar à direita e estacionar no descampado, no final da estrada. Deve-se subir a trilha principal até a primeira curva de nível, virar à esquerda e subir à direita nos primeiros cem metros, +- 30 mts à frente, a trilha entra em outra curva de nível, basta andar mais uns 500 mts que se chega ao início do vale e a trilha vai acompanhando o escoamento natural de água, sendo impossível de se perder.
Leve muita água e não deixe seu lixo, a natureza agradece...
mais informações me envie e-mail - mussumanu@hotmail.com terei prazer em responder!
boas escaladas

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

cachoeira da ostra

poço da cachoeira
galera na seg. das vias
KamiCAD entrando na via
custurandu...
vegetação
mais plantas...


Domingão, obrigações cívicas e um tempo maravilhoso....

Quando eu saí da cabina de votação, já decepcionado pelas péssimas opções, penso friamente em esfriar a cabeça, pois no sábado anterior eu havia trabalhado incessantemente e estava com as energias praticamente esgotadas!

Rapidamente a galera se organiza e marca de ir pra cachoeira da ostra, um recanto com águas cristalinas e vários poços para banho, além de um complemento exclusivo: vias de escalada com água corrente na base! Anteriormente eu sabia que o Éderson, vulgo Xinha, iria guiar um pessoal para lá e num deu outra: quando chegamos no início da trilha havia um grupo de pessoas reunidas e lá estava ele, acompanhado de seu filho Édersinho e Thiago, escalador novato, porém persistente, mais algumas pessoas que curtiram apenas o passeio, não incluindo a escalada no roteiro.

localizada a cerca de 30 Km de BH, a cachoeira da ostra é um refúgio para os banhistas mais animados, a iniciar pelo acesso que necessita de uma caminhada um pouco pesada com subidass e descidas bem íngremes e relevo bastante acidentado, e dura cerca de uma hora, sendo necessário certo preparo para se chegar, principalmente no poço superior, pois para acessá-lo sem entrar na água, têm que desescalar um quarto grau bem exposto, podendo ser protegido com corda, pois têm uma chapeleta no topo, mas mesmo asssim é meio esquisito!

De cara já fomos direto pra água, pois já tava fritando de suadeira, e necessitava de um banho refrescante! Primeiramente entrei na via mais à direita, um 6+ com movimentos técnicos e, principalmente na minha situação, extremamente forte, pois a cada movimento que eu fazia ficava uma cara descansando os braços! A outra via em que entramos foi a raios e trovões, um 7a com um lance bem técnico e movimentos de resistência, é outra que vale a pena conhecer!

Infelismente não pudemos entrar nas outras vias pois já estava tarde e tínhamos ainda uma caminhada pra enfrentar, mas agradeço a galera por proporcionar um ambiente bacana em um dia tão agradável! valeu

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Aí vem a chuva!!!

Chegada de fim de ano, muitos visitam seus familiares, outros procuram diversão e lazer, e nós procuramos rocha pra subir! Mas há um pequeno detalhe: é a época das monções! grandes enchurradas, alternações durante o dia de sol e chuva, garoas constantes, neblinas "molha-trouxas", mormaços e literalmente "saunas molhadas ao ar livre".

Estas condições acabam desfavorecendo os nossos objetivos, pois inúmeros tipos de rochas ficam encharcados d'água, impossibilitando a aderência necessária para apoiar as sapatilhas na rocha.

Então, o que fazer???

Essa é uma dúvida muito comum entre os escaladores, muitos acabam se refugiando em academias (o que gera superlotação das mesmas), outros, como eu, acabam procurando formaçoes com inclinação negativa onde a própria rocha se abriga, impossibilitando que a água decorrente da precipitação não se acumule na face escalável, sendo que a única possibilidade de umidificação é em razão do escorrimento e este é em pontos distintos, favorecendo linhas que ficam totalmente secas!

Mas ainda temos algumas rochas também, como o calcário, que dependendo do volume de chuva, se encharca totalmente, e como todos sabem as maiorias das formações em calcário são negativas, mas além daqueles "dutos" ou buracos que se ligam dentro das pedras (que parecem até queijo suíço), a densidade da mesma também não favorece, sendo altamente porosa e praticamente suga toda a água que estiver em contato.

Aí surge um problema: inclinação negativa=força / eu=fraquinho+leve!

Dependendo do dia, dá pra mandar até umas cinco vias, mas tem dia também que num mando é nada! E o pior é que fim de ano todo mundo entra na cachaça e eu me sinto obrigado a acompanhá-los, porque também ninguém é de ferro, e isto acaba com a resistência que eu já num tenho...

Mas independente disto, a melhor escalada é aquela que mina as forças e detona o sujeito, sendo esta época uma das que eu mais aprecio, já que eu sepre escalo na aba de quem tem o poder de se deslocar, e este é obrigado a ir em tais lugares!

Aí vão algumas dicas de onde rola de escalar próximo a BH:



-Cipó (poucas de 6 e 7a, a maioria de gaus superiores)
-Cachoeira da Ostra (o problema é a tromba d''agua, pois o segurança fica na parede na beira do rio)
-Pedra Vermelha (vias de vários graus - perto da mina de congo-soco, em Socorro-Caeté)
-Cambotas (sem sombra de dúvida é um dos melhores picos - vias de vários graus)
-cascatinha (fica um pouco molhado, mas dá pra mandar)
-Sítio do rod (se não chover muito rola de ir/apenas algumas vias)
-Condomínio Aldeias da cachoeira (somente convidados/vias de 7c pra cima)
-Vale do paraíso perdido (vias de 8 pra cima)
-Rei do mato e Lapinha (atualmente estão fechados - grande possibilidadde de reabertura)
-Pedra branca (vias de 8 e 9 graus)
-Serra do trovão (7 pra cima)
-Morro de são sebastião (boulder)
-Pedra rachada (boulder)
-Serra do curral (somente no pontão da crista da serra)
-Lapa do seu antão (graus variados)

Picos que não são negativos, porém não "encharcam", mesmo depois de um grande 'pé-d'água'

-Pedra filha (seca em uns 40 minutos) + pedra branca
-Serra da Santa (+- 40 min)
-Serra das andorinhas (+- 30 min)
-Pico da cartuxa (+- 20 min)
-Trevo de macacos (+- 40 min)
-Pedreira do bairro Amazonas (+- 30 min)
-Pedra grande (+- 1 hr)
-Serra da Piedade (+- 1 hr)

Ainda há inúmeros outros picos, estes se encontram num raio de 100 km de BH.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Vias urbanas

Este espaço é para descrever as vias de maior proximidade à BH, sendo que nem sempre o aceso é facilitado, porém de grande proximidade ao centro urbano e de alto padrão!!

pedreira do bairro amazonas - é a mais conhecida da região, contém cerca de 100 vias de vários graus que vão desde os 7 até 30 metros, todas às terças-feiras há iluminação artificial noturna, que possibilita a escalada de cerca de 30 vias de vários graus, sendo cobrado o valor simbólico de R$ 4,00 a título de ajuda de custo; se localiza no município de contagem, na região do bairro industrial, mais informações no link escaladas de minas, contido neste blog.

afloramentos no final do anel rodoviário - ainda é virgem, potencial de abertura de vias

serra do curral - praça do papa - são três vias localizadas à direita do hospital Hilton Rocha, duas de sexto grau e uma de oitavo, entre 5 e 10 min. de caminhada.

serra do curral - maciço da itaorna - localizado em cima da portaria do Parque das Mangabeiras, acho que todas são móveis, mais informações www.tonicomagalhaes.com.br

serra do curral - pontão da crista - é o pontão que se localiza acima do maciço da itaorna, citado anteriormente, são as vias que se têm o melhor visual, porém o acesso a base é extremamente perigoso, deve-se rapelar pelo top da via. 50 min. caminhada pesada. 2 vias 6+/7

parque das mangabeiras - vias da ilha do mico estrela - têm dois grampos no topo da pedra, porém é proibida a prática de escalada dentro do parque, têm vários outros afloramentos com grampos dentro do parque, porém não tenho nenhuma informação sobre os mesmo.

parque das mangabeiras - boulders - abaixo da ciranda dos brinquedos, há vários blocos de 4 a 5 metros de altura escondidos dentro da mata, não há trilha de acesso, beirando o riacho perto da represa, abaixo do lago dos sonhos, também há um bloco com grandes potenciais.

belvedere - estrada da MBR - localizada proxímo ao segundo pontilhão do rapel, bem na beira da estrada, há um grande costão de cerca de quarenta metros, acho que a via se localiza no diedro e foi conquistada pelo Gustavo Piancastelli, nunca foi repetida, por ser bem exposta, só há grampos no topo.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Serra da Santa

Uns dias pra trás, o Alexandre Corrade havia me falado que em uma de suas visitas a seus familiares em Itabirito, tinha avistado uma face rochosa próxima à rodovia, inclusive colada em uma bela queda dágua, o que me despertou bastante curiosidade e acabamos decidindo por ir imediatamente, indo bem cedo para poder aproveitar bem o dia!


Por volta de 06:30 já estávamos lá deleitando o maravilhoso visual e imaginando as potenciais linhas escaláveis! Caminhamos cerca de 15 minutos, para chegar à primeira formação, mas vimos que as coisas eram bastante ilusórias, pois o bloco parecia ser de uns 20 metros e nem chegava a 8, o que me decepcionou um pouco mas criou disposição para continuar explorando o local.


De longe já se percebe que a serra da santa é uma grande fratura que deixa bem à mostra as formações rochosas oriundas do subsolo, e além do quartzito que é muito concentrado nas margens da rodovia, encontra-se muitos afloramentos de itabirito (hematita) adentrando a serra rumo ao pico, inclusive uma grande formação deste mesmo mineral que lembra muito o "Castelo de Grayscow", mas infelismente não pude fazer nenhuma investida nesta pedra pois não podia ficar até tarde!


Acabamos investindo em alguns blocos isolados, próximos à uma fazenda abandonada, mas achamos uma fenda que se estendia uns 8 metros levemente negativos, chegando a um sexto grau e depois uma variante que dava um 5sup, para ao menos "compensar" a nossa visita!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Bloco do Canino

fenda cega é mato!
Mais um bloco irado que se aflora na crista da serra
Igão com o canino e o dentinho ao fundo
no lance da mimosa!
diedrando...
escalando em meio a vegetação
Vista geral da via
Visual do alto do Canino, com o Dentinho de primeiro plano
Igão e as peças usadas na via
peça milagrosa!!!
Após uns dois meses da investida no dentinho, neste fim de semana acabei me levando a subir ao alto da serra de igarapé e conquistar uma via ao lado deste bloco, num pontão de uns vinte metros chamado então de canino, pelo seu formato de agulha e localização, e andei pesquisando que a serra de itatiaiuçu tem este nome porque na linguagem indígena significa pedra grande dentada, o que me respondeu a pergunta do nome da primeira via da pedra grande se chamar de primeiro dente (realmente muito criativo).
Ao rodear o bloco avistei uma pequena fenda, praticamente cega, que seguia de fora a fora na rocha finalizando em uma chaminé média, onde se aglomeravam alguns arbustos e chegavam ao cume. Fui entrando rapidamente, mas logo de cara ao pisar no primeiro platô fui atacado por formigas gigantes, que se amontoavam na minha sapatilha e mordiam incessantemente a mesma. porém foi a que me mordeu na canela é que me jogou pra baixo, resultando em uma pequena queda em cima do seg, mas nada que chegou a machucar!
Na segunda investida, já fui bem mais cauteloso, procurando alguma pista de inseto ou qualquer animal que pudesse me causar outra surpresa na escalada...

Entrei em pequenos movimentos técnicos mas que davam para mandar, e após a quarta proteção, não havia mais nada que coubesse um móvel, que acabou me obrigando a "subir um pouco mais" e cheguei num diedro bem esquisito com os pés escorreguentos e as mãos nuns abaulados, Igão até que me incentivou mas acabei desistindo de mandar mais um lance e... não deu outra: mimosinha pra alegrar o dia!!! graças a Deus tava tudo bem, o friendzin cumpriu seu dever! fiz um pequeno artificial para mandar uma peça psicológica e repeti, finalizando o lance, mandando a chaminé acima e chegando ao cume, esta via então foi chamada de ex-corega 5/VII (sugerido)18 mts. O que me deixou um pouco assustado é que o cume se localiza no mínimo 15 mts acima de um platô que tem (ou tinha) cobertura vegetal e foi totalmente carbonizado pelo fogo, parecendo que as labaredas durante o incêndio da serra, ganharam grandes alturuas.

Voltando ao dentinho acambamos terminando a via aparelho fixo, com 27 mts, 7 proteções na sua maioria um 5 sup com o crux de 6, de cume. vale a pena conhecer!!!
Os croquis já estão bem adiantados e serão postados em breve!