quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Torres de Mariana

Visual do alto da cartuxa
vegetação seca
afloramentos vistos da estrada
a fenda
início da fenda
Eu e Igão no abrigo da base da via
Diedrando...
lançando a primeira proteção
protegendo...
em cima do tótem
Alexandre se ajeitando para grampear
Alexandre entrando no lance
Artificializando...
caçando os pés
vista geral do castelinho
Com 1343 metros de altitude, o pico da cartuxa se localiza nas proximidades de Mariana, e detém um conjunto de blocos de hematita que vão até os 30 mts de altura e proporcionam várias possibilidades de escalada em variados estilos, além de um visual fora do comum, onde se avista a serra do caraça como uma forma imponente sobre todas as outras montanhas em seu entorno.

Uma das principais vantagens de se escalar no castelinho (nome do pico de escalada) é que no próprio caminho têm água potável e a caminhada de aproximação é bem leve, não passando dos 20 min. e com subidas e descidas não muito acentuados.

Neste caso vimos uma boa oportunidade de abrir uma via no primeiro bloco, Igão bateu os olhos e visualisou uma fenda que se estendia até metade do bloco, continuando uma parede lisa de uns 5 metros onde logo acima abria outra fenda, um pouco mais larga, e chegava até o cume do bloco, parecendo ser escalável, daí só repomos as energias e saímos pra conquista...

A primeira fenda se mostrou bem fácil de ser superada, porém, quando chegou na parede lisa, as coisas se provaram ao contrário, sendo a única alternativa para mim e para a galera (no máximo 7 grau) que estava comigo, mandar o resto em artificial e mesmo assim num foi tão fácil superar o resto daquela linha...

Ao ver que num tinha mais jeito de ir no móvel, passei a ponta da corda para o Alexandre, pois o mesmo foi mandar uma proteção fixa para podermos continuar a via, e após esta proteção é que os problemas se iniciam, pois aí é que num dava jeito mesmo de mandar em livre! Sendo necessário o uso incessante de estribos com direito a mimosinha dos cliffs e escalada na chuva...

Após terminar a via e recolher as proteções São Pedro havia reservado uma surpresinha pra gente... dilúvio até dentro do abrigo e raios caindo de tudo quanto é lado!! Foi mais drenante aquele momento do ápice da tempestade do que mandar a via e vacar nos cliffs, mas o melhor estava por vir, depois de descer a serra e arrematar um sanduíche em Ouro Preto, a lua iniciava seu ciclo noturno, se revelando como um grande farol e devido a sua grandiosidade, havia até como se distinguir São Jorge e o dragão desenhado pelas suas grandes crateras, cicatrizes de tempos remotos...

Devido as circunstâncias do dia batizamos a via de Tempestade Repentina 5(A1/9?)mista 22 mts. sendo necessário um jogo de friends(até os grandes) e um jogo de nuts para repetí-la em livre e talon, hook e fifi para ir no artificial.

Valeu galera, pela iniciativa e por chegarmos ainda acordados em casa...

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