quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

escaladas em Macacos

À esquerda da foto as instalações da mina da mutuca e o desmatamento gerado pela mesma
Observando a via com o Vale do Sereno e suas grandes edificações ao fundo

Localizado no município de Nova Lima, São Sebasião das Águas Claras é um dos poucos lugares ainda preservados na região metropolitana de BH, sendo ainda um refúgio para os moradores da Capital, por seus inúmeros condomínios, pousadas, bares e restaurantes, o que atrai em torno de 2000 visitantes por final de semana e atrai vários praticantes de esportes radicais.

A atividade principal da região é o turismo, porém há grande incidência de atividade mineradora, onde, dentro de seus territórios, há inúmeras trilhas usadas por jipeiros e motoqueiros, sendo referência em trilhas de dificuldade moderada.

No início da estrada de acesso, logo após a rotatória da entrada da mina, avista-se à direita, alguns afloramentos rochosos, onde o mais a direita detém duas vias e o mais à esquerda e mais alto, três vias, todas de de graus variados. As trilhas de acesso se iniciam a uns duzentos metros antes da portaria do condomínio Chácaras do Engenho, este se localiza virando à direita na primeira rotatória que tem como referência a portaria da mina, sendo esta trilha de fácil acesso, não passando dos 3 min. de caminhada. O outro afloramento se acessa através da base do bloco, descendo pela base das rochas e acompanhando o nível, esta trilha porém está descaracterizada, sendo necessário "abrir mato no peito" durante alguns trechos.

A via da foto me parece um sexto grau forte, mas pouco exigente, é necessário o uso de um friend 2 ou similar, talvez um "nut de nó de corda" irá substituí-lo, mas o diâmetro da corda deve ser maior que 10,5 mm, ao lado têm uma via mista de grau indefinido.

No afloramento de baixo há uma via de 5, outra de 6 e não deu tempo de escalar a outra (todas são fixas), que me parece ser um pouco mais exigente, pela inclinação negativa do começo e pela grampeação, que é de chapeletas.

É aconselhável deixar o carro no posto de gasolina, na beira da BR, pois a estrada de acesso ao condomínio pertence à mineradora, e fomos aconselhados pelos seguranças de não deixar o carro próximo aos portões "inutilizados" pela mesma. Isto aumentará a caminhada para uns 20 min. mas nada que irá matar alguém...

As vias não são muito utilizadas, merecendo atenção redobrada com pedras soltas e nidificação de aves, sendo necessário o bom-senso de quem tem a inteção de ascendê-las.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A volta ao cume!

visual do alto da serra de igarapé, comd estaque par a rod. Fernão Dias
a base da via, vista pelo topo da pedra
Triando o equipo, no canto superior direito da foto o canino e o dentinho
Vistos pelo bloco da pirâmide
Alexandre malhando a aparelho fixo
Igão mandando um lance
a direita da foto, na árvore da base da rocha, inicia-se a via aparelho móvel
Ricardinho se posicionando no cume para tira mais fotos
Cléber Braga deixando a mensagem no livro de cume
Fervendo a água com a urna do livro de cume


Quatro meses após a conquista do dentinho, resolvemos fazer uma "visita" ao cume do mesmo, porém com um pouco mais de gente para poder graduar a única via fixa do setor; graduação que ainda gera um pouco de dúvida, pela facilidade da via em comparação com a resistência e pelo acesso que não é de graça!

Uma das imagens mais deslumbrantes que presenciei foi a regeneração da natureza em relação às queimadas ocorrridas há poucos, onde uma onda verde tomou conta de todo o vale, inclusive desfazendo a trilha feita então no inverno, o que acabou desorientando um pouco para o acessso aos setores de cima.

Outro desenvolvimento gerado para o local foi a abertura de vários boulders, pela galera do stone (me corrijam se estou errado), estes que pelo meu grau de cachacismo são totalmente inviáveis, mas ainda não exploraram nem 1% das potencialidades do vale.

Houve também a repetição e cadena da via ex-corega, que sugiro 7a móvel esportiva, muito bem protegida e com lances altamente técnicos em diedro, necessitando de confirmação da graduação.

O mais interessante é que ao chegar ao cume do dentinho a galera se tocou que a panela levada para ferver água e nos proporcionar uma leve refeição ficou esquecida na base da via, portanto como solução criativa a galera pegou emprestado a urna do livro de cume para ferver a água, mas nada que alterasse a mesma para o principal objetivo: manter preservado o livro de cume!

Agradeço aos que participaram e peço mais repetições para fixar a graduação da via que está até então cotada em 6/6+.

O croqui de acesso e localização da via está postado neste blog, no marcador "croquis".

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Escaladas em Conselheiro Mata

Detalhe do alto da rocha no Salitre
Único mercado da cidade

Afloramento rochoso na beira da estrada

Eu e Dário na base da rocha

Mandando um lance pra mandar uma proteção

mais um lance

fenda irada no salitre


Alguns fins de semana aí pra trás recebemos a visita do ilustre Difora, escalador de Ouro Preto que atualmente escala nas regiões do noroeste do estado...

Devido ao fato de ele sempre estar escalando em uma única região, resolvemos então sair da rotina e direcionar um pouco ao norte para escalar em mais uma grande referência histórica do nosso país: Diamantina, um lugar bonito e deslumbrante que guarda características específicas do alto jequitinhonha, e se localiza bem no meio do espinhaço, tendo várias possibilidades de escalada em uma rocha altamente aderente e desprovida de agarras, um quartizito bem cristalizado!

Juntamos Eu, Igão, Dário (que parece mais escalador de Ouro Preto do que BH) e Difora saindo por volta de meia noite da sexta para podermos aproveitar melhor o fim de semana... Chegamos em Cons. Mata por volta de 05:00 da matina e resolvemos tentar acomodar no carro mesmo para esperar o amanhecer.

Nem deu pra fingir o descanso e lá estávamos nós sendo recebidos pelo Sr. Kussu, dono do único armazém/bar/pousada da cidade, onde pudemos apreciar um delicioso café da manhã! Mais alguns minutos proseando e lá estávamos nós, dentro do santanão caçando pedra para escalar...

Depois de fazer um grande tour pela estrada e poder observar grandes formações rochosas entre 20 e 300 mts, que me parecem desprovidas de vias, sendo algo que já está reservado para novas conquistas, paramos na beira da estrada, onde uns 200 mts do acostamento têm uma face levemente negativa em que o Dário e o Difora já haviam iniciado uma via, era este lugar que tinhamos de escalar, sóm que no dia anterior havia caído um bocado de chuva, desfavorecendo qualquer escalada nas vias existentes, no entanto havia uma via interminada e após uma breve conversa com os conquistadores lá estava eu, caçando num sei o quê pra continuar tocando a via pra cima e bater mais três outras proteções, sendo finalizada e graduada pelo Difora como 8a/b e denominada Rupestre +- 20 mts muito bacana, mas necessita de um camalot médio (amarelo) para ser iniciada com segurança...

Um pouco mais a direita, Igão e Dário iniciaram um projeto que já se chama Kussu, em homenagem ao cidadão local. No mais aproveitamos e demos uma escaladinha no Salitre e podemos conhecer a cachoeira do toca e refrescar nas águas geladas da região...

Agradeço a galera por conhecer um lugar tão irado e minha próxima visita já se aproxima!