segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

O verão chegou e com ele inúmeras atrações como praias, botecos, bloquinhos de carnaval, cervejas, mulheres e...    cadê a escalada?

Podemos nos deparar com esta situação neste período, principalmente para os ratos de pedra, pois as academias que são designadas para suprir esta demanda, não atendem aos que se dedicam a atividade pelo simples fato de se situar em meio a natureza e a todos os seus agentes incluindo o desconforto, a falta de recursos e principalmente os riscos envolvidos em uma atividade ao ar livre.

Além da chuva incessante ser característica do verão, outro fator que acaba incomodando é os intervalos de sol, que ao surgir em meio as nuvens, vem com toda a sua potência e traz temperaturas que podem trazer consequências graves como insolação, desidratação e até queimaduras na pele.
Infelizmente a maioria das formações rochosas, principalmente as que tornam possível a escalada fracionada ou de cordadas, são suscetíveis a exposição direta as chuvas, impossibilitando a escalada livre, pois as reentrâncias na rocha acabam se encharcando, tornando as agarras totalmente escorregadias. Neste caso temos que procurar as poucas rochas que por suas características protegem uma parede escalável da exposição das chuvas, e como Minas é o mar de montanhas, somos privilegiados com alguns picos e várias possibilidades em um raio de 100 km no entorno de Belo Horizonte.

Citarei aqui apenas os picos que já se encontram consolidados para a escalada, pois infelizmente não há mais respeito perante a natureza, e por incrível que pareça, das pessoas que dependem dela para realizarem suas atividades...
1 – Serra de Ita-maranhen (serra das Cambotas) – representa um elo entre a escalada esportiva, vias de cordada e escalada de aventura, tudo isso concentrado em cerca de trezentos metros de base com cerca de duzentos e cinquenta metros de altura, sendo em sua maioria grandes negativos, e têm escaladas que variam desde o sexto até o décimo graus e que vão dos oito até os 250 metros de altura, tudo isso em um quartzito macio e extremamente aderente.














2 – Pedra Vermelha – Localizada no distrito de Socorro, pertencente a cidade de Barão de Cocais – se assemelha a uma grande onda e foi fonte de inspiração para a denominação das vias, tais como tsunami, waimea e tormentos e foi palco de grandes escaladores que aumentaram consideravelmente o numero de vias no pico, principalmente as de alta performance – força e técnica exigentes
3 – Sala de justiça – serra do cipó G3 – Considerado a Meca da escalada esportiva no Brasil, reúne inúmeras vias de escalada em um pequeno ponto geográfico, sendo que as vias específicas deste setor são reconhecidas a nível mundial e recebem todos os anos grandes nomes da escalada esportiva sejam eles do Brasil ou não.
4 - Pedra Romana – Localizada a beira da estrada que liga a serra do cipó a conceição do mato dentro é uma bela formação rochosa com vias de alto nível, porém há relatos de acidentes com abelhas sendo necessária atenção redobrada

5 - Setor Gandarela (Cocais) – Formação específica em propriedade particular, ainda não há previsão de abertura

6 - Serra do Garimpo – Localizada acima da serra de Cambotas, tem uma via peculiar, que se localiza no abrigo andorinhão

7 - Sítio do Rod – algumas vias no ultimo setor, somente se não tiver chuva de vento

8 - Cachoeira alta (Ipoema) – várias vias localizadas na face rochosa a direita da cachoeira, acesso as vias se dá por uma árvore “tritronco” a partir da trilha principal


9 - Serra da Lapa (Itambé do mato dentro) – face rochosa vista a partir da estrada de acesso a Itambé, há também outra formação conhecida como conquista e tem o setor “Sinhá” que conta com duas vias esportivas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário