quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Coronel Murta - Vale do Jequitinhonha

 Igor Murta finalizando a via "cactus bola" iniciada há mais de cinco anos
 O tótem a partir do cume do "fradão"
 Serra do elefante e sua imponente rampa vista a partir do cume do "fradão"


 Fradão e tótem visualizados pela estrada de acesso a Coronel Murta
 Tunder finalizando a primeira enfiada do projeto "terra do sol"
 Fábio Pavesi "Difora" entrando na segunda enfiada do projeto "terra do sol"
 morro do frade visto a partir do rampão da serra do elefante
 Equipe de conquista do elefante
 Serra do elefante visualizada a partir do seu ponto principal de acesso, o sítio do Sr. Keinha
 As possibilidades de escalada nas fendas da orelha do elefante
 Tunder finalizando a segunda enfiada do projeto "terra do sol"
 Trilha de acesso: fácil, porém penosa
 Igor Murta iniciando a conquista da via "xará's"
 Fábio Pavesi "Difora" tostando na conquista do projeto terra do sol
 A natureza exuberante com o gigante cactus á beira da trilha de acesso
 Igor Magalhães (Patrocínio), Igor Murta, Fábio Pavesi "Difora" e Tunder após um dia cansativo
 Inúmeras proteções dispostas na via "Xará's" 6 sup
 Igor Magalhães (Patrocínio) finalizando a conquista da via "xará's" que promete ser a mais clássica do lugar
Igor murta e as várias proteções na P4 da via "cactus bola" no morro do frade


O arraial Boa Vista do Jequitinhonha foi fundado, por volta de 1908, pelo Coronel Inácio Carlos Moreira Murta. Em 1948, foi elevado a distrito com o nome de Itaporé, que, na linguagem indígena, significa “Cachoeira da Pedra”. Em 1953, Itaporé tornou-se município e passou a se chamar Coronel Murta, em homenagem ao seu fundador. A extração mineral, cujas valiosas pedras são comercializadas em todo o país e até mesmo exportadas, fazem a fama da cidade. 


Dentre os eventos anuais, destacam-se a tradicional festa de Nossa Senhora Auxiliadora, realizada em maio, e as festas juninas, como o “Grande Forró”. Conhecida como a “Terra do Sol”, banhada pelo rio Jequitinhonha, Coronel Murta oferece praias fluviais, a Cachoeira do Salto e o Rochedo como atrativos naturais.


O município é rodeado de inúmeras formações em granito, onde se destacam a serra da cascalheira (serra do elefante) e o morro do Frade, este considerado marco natural e um dos cartões postais da cidade.

Em meados de 2007, um grupo de escaladores da região de Belo Horizonte, incentivados pelo “conterrâneo local” Igor Murta fizeram as primeiras investidas neste grande potencial. A primeira via, denominada “sol rachando” 6+ foi conquistada à beira da estrada, em um corte da montanha que viabilizou o traçado da mesma, iniciando o campo escola “Poceno” em homenagem ao antigo dono das terras que faleceu naquela região, decorrente de acidente ocorrido na mesma estrada. Hoje este campo escola conta com as vias “buraco negro” 7a, “carreiro de Igo” 6 sup e “O processo é lento” (sem graduação).

Na mesma época, foi inicializada a via “cactus bola”, no morro do frade, alcançando cerca de 60 metros, mas devido ao curto período de tempo e indisponibilidade das baterias esta empreitada ficou marcada para outras investidas, que só foi finalizada no carnaval de 2013, sendo cotada em 6 sup 9a(A0) E1 D1. Esta formação é caracterizada por se parecer um pequeno pão de açúcar com um guardião à sua frente, este é composto por rocha diferente da montanha principal e proporciona inúmeras fendas e reentrâncias em sua face, inexistentes na outra rocha, que fornece somente pequenos abaulados, exigindo muito de quem deseja escalar em livre. Neste tótem foram abertas a variante “legolândia” III sup, via “catedral” 7a/b móvel, projeto “amnésia” e “DEUS me livre Nossa Senhora” 6 mista.

Do outro lado do rio Jequitinhonha, há uma formação bastante parecida com um elefante deitado, sendo conhecida como serra do elefante ou da cascalheira, onde há várias possibilidades de escalada podendo chegar até os 200 metros de altura tendo algumas vias em seu entorno. A primeira via do local, intitulada “mocó” é um III sup móvel ideal para quem está iniciando na escalada móvel, e se localiza na face voltada para o rio. Na face voltada à cidade, há um projeto que chega até o “chifre” do elefante, em móvel, e na face maior há uma grande fenda em arco com a via “chamariz” móvel A1+, projeto “terra do sol” VI/9 (A1) E2 até então com 110 mts, e pouco a esquerda de sua base há a via “xará’s” 6 sup móvel, uma linda fenda que promete ser a via mais clássica da região.

Coronel Murta se localiza a cerca de 600 km de Belo Horizonte, sendo seu acesso mais curto passando pela cidade de Diamantina. Além da extração de pedras preciosas como turmalinas, bicolores e águas marinhas, sua atividade econômica engloba também a pecuária e o turismo, onde a proximidade da cidade de Salinas incentiva a produção de destilado de cana-de-açúcar, vulgo cachaça, sendo obrigatória a degustação das várias marcas existentes ali.
 Linha do projeto "terra do sol" destacando-se suas duas paradas
Linha das vias do morro do frade (a linha pontilhada se apresenta quando a via vai por detrás do tótem)

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