terça-feira, 22 de junho de 2010

Escalada em Pedra Grande

Dia 03 de Junho de 2010

Iníco de junho, mais um feriado chegava, Igão queria que queria abrir uma esportiva em uma linha que avistamos no início do ano, no meio da parede, localizada em um grande platô, que se estende uns 100 mts lateralmente, sendo usado como uma das paradas de uma via que havíamos conquistado nesta época onde também o Alexandre Corrade havia participado da "roubada"...


Após uma breve conversa com o Alexandre, decidimos ir, mas contando também com o Ricardinho, Cléber o'nera e o Helder Negão, este, que teve que desistir da empreitada logo após chegarmos à base da via, pelo falecimento de sua avó (que Deus a tenha) e acabou gerando uma singela homenagem ao batizarmos a via então conquistada neste dia.


Começamos a escalar às 6:20 da manhã, acompanhando a grande fenda que se estende até um trepa mato, a uns 80 mts de altura, montando algumas ancoragens para que os outros pudessem subir a via em segurança, e continuava tocando pra cima para deixar pelo menos uma corda fixa para o resto da galera jumarear. Mesmo com este ânimo todo e agilizando a subida pra galera, ficou um pouco complicado de subir os equipos, pois a própria parede gerava muito atrito e estávamos com simples mochilas cargueiras, que podiam se rasgar facilmente pelo simples arrasto na pedra. Depois de uma fatigante subida chegamos todos ao grande platô por volta de 11:00 hs, onde pudemos repor as energias saboreando o incrível arroz carreteiro feito pelo Negão, que infelismente não pode usufruir do próprio feito!


Ao avistarmos a linha, notamos que tinha muitas agarras sólidas, porém, não havia como a proteger, pois a pedra era na verdade uma dissolução da rocha, sendo totalmente quebradiça e inconfiável para se pôr uma chapa. Nisto, acabei notando que após uma grande chaminé, se desenvolvia uma sequência de agarras que seguiam numa mancha amarela levemente negativa, sendo então a linha que poderíamos investir, e não deu outra. Bati a primeira chapa, esticando o braço até o limite e equilibrando na ponta de uma pedra, apa que o Igão batesse outras duas, na sequência, acompanhado as agarras existentes na rocha. Depois disso entrei batendo mais duas chapas, aumentando levemente o espaçamento entre elas, seguindo uma sequência de agarras menores, porém existentes. Neste dia tivemos que ir embora, pois já era muito tarde e havia uma gama de equipamentos para descer junto com a gente. Tivemos alguns problemas em bater a chapa para rapel pois a rocha era muito dura, o que acabou levando a finalizar o rapel no escuro, sendo um pouco adrenante rapelar sem saber o que há abaixo de seus pés.


Finalizamos o dia chegando no sítio do Toninho, para comemorar o "último grampo" e então prosear e reavaliar os acontecimentos do dia.


Poucos dias depois eu e Igão voltamos para finalizar a via batendo uma única chapa no top e malhando para tentar determinar o grau, sugiro um 8c, chamada Lembranças da vovó, setor fight. esta linha pode ser avistada praticamente da estrada, sendo ao lado direito da base de uma grande chaminé, esta que se localiza ao lado esquerdo de um vale que se forma no alto da serra, separando-a em dois cumes.


Participaram da conquista todos aqui relatados

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