quarta-feira, 20 de julho de 2011

Escalada em Ouro Preto: via do Paulinho

A via do paulinho acompanha a fenda em quase sua totalidadecaminhada de ida ao pico do Itacolomyfomos comemorar o aniversário da via!Dedão entrando em um lance esquisitoprimeiro platôfabinho entrando na segunda enfiadaNo platô a conta pros trêschaminé esquisita com a virada vertiginosaDedão e eu na última parada da viaGrandes maciços no sertãoNo cume! Valeu a todos pela disposição e perseverança!Comemorando o cume!Rapelzinho pela lestepedra menino ou "itacorumim", que deu nome ao picoa cidade de Ouro Preto a partir da base da viaAinda um cenário inesquecível no final do dia

Fim de semana em Mariana, depois de uma noitada bebendo cachaça com os amigos e curtir um Milton Nascimento como ato comemorativo do Festival de Inverno, acordo por volta de oito da manhã recebendo uma mensagem de celular do Fabin falando que tava na praça Tiradentes me marcando... Quando assusto estou ainda em Mariana passando um mau devido o estado que a bendita cachaça me deixou sem noção de como iria chegar ate lá, rapidamente chamo outro parceiro do climb Dedão e do mesmo jeito que levantamos já fomos indo a Ouro Preto encontrar com o Fabin para finalmente efetivar o nosso objetivo.

Apos uma caminhada de uma hora e meia chegamos finalmente no pico, um afloramento gigante que é referência geogréfica para antigos viajantes da estrada real, e com uma fenda linda que vai de fora a fora na rocha, tendo em sua maior parte a via do Paulinho, esta que há muito está sem repetição, sendo escalada pela última vez pelo próprio Fabinho com outros camaradas estudantes de OP. Inicialmente, fizemos o ritual pré-escalada que além de triar os equipamentos se baseia em uma prévia leitura da via e a divisão de cordadas para cada um. Já que éramos três, e eu realmente queria mandar ao menos uma enfiada consistente, o Fabinho propôs que o Dedão entrassse no primeiro lance para habituar-se a pedra, seguido por ele mesmo na parte que eu deduzi como a mais difícil da via, em que mesmo no artificial se mostra com uma dificuldade bem intensa, e exige um pouco mais de esfôrço para finalizá-la, e eu finalmente nos últimos lances que se provaram também bem esquisitos!

Dedão entrou na via de forma estranha, onde para alcancar o equilíbrio sempre tinha que trabalhar os pés de forma constante, e quando chegou a minha vez, assustei o quanto é diferente a escalada naquele tipo de rocha, onde as agarras se consistem de muitos abaulados porém são bastante aderentes para os pés, e onde há balcões e grandes agarras o pé some totalmente forçando a usar intensivamente os braços...

Na segunda enfiada, o Fabin entrou mas demorou tanto que achei que nem conseguiria mandar os tais lances, mas após uma breve comunicação, fui informado que o mesmo consumiu todas as costuras presentes em sua cadeirinha, obrigando o mesmo a recolher costuras que nao prejudicassem nós, participantes, e que acabou onerando o tempo disponível para o climb. O Dedão foi na sequência e observei que ele enfrentou muitas dificuldades mesmo com a seguranca de cima, mas rapidamente chegou ao pequeno platô e me informou que já era a minha hora! Ao entrar nesta enfiada senti que desde o início eu so tava usando os braços, portanto antes de entrar no vertical descansei durante alguns momentos para ver se eu teria energia para mandar os lances, e mesmo com o descanso fiquei estático durante alguns minutos e na mesma posição, e tive que desistir de mandar em livre, mas depois vi que mesmo no artificial eu tava penando para mandar os lances. Após umas grandes perrengadas nos diedros e nos lances vertiginosos, entrei na chaminé de acesso ao platô, mas mesmo segurando no grampo, tive que receber um pequeno "auxílio" dos colegas,quando alcancei o mesmo percebi que era a contra pra nós três!

Para sair do platô, foram posicionados dois friends em uma pequena fenda, e para colocaar o pé alto, tive que puxá-lo com as mãos, gerando bastante dificuldade para ganhar altura, nessa hora teve até agarra de pescoço, pois não havia nenhuma reentrância na rocha para blocar as mãos, mas com persistência consegui mandar aquela parte, toquei pra cima mais uns cinco metros e tive que chamar os outros, pois haveria um atrito muito grande pois nesta parte se passa por detrás de um pequeno túnel, outro que era a conta para três...

Nesta parte se começa uma chaminé estreita, com uma fenda muito larga para proteger com os móveis disponíveis, mas após alguns momentos de perrengue saí para a parte mais exposta da via, pois o final da chaminé é no vazio, nesta parte nem vi o grampo que tava lá, saí tocando prra cima em uma pequena rampa até chegar em um grande platô, este que dava até para fazer churrasco! Chamei a galera pra cima, e o Fabinho entrou nos últimos cinco metros onde finalmente chegamos ao cume e pudemos desfrutar de um maravilhoso visual de Ouro Preto e Mariana, pelo lado norte e Lavras Novas, Itatiaia, Salto e inúmeros outros lugares pelo lado sul, mas o que realmente fiquei impressionado é com a potencialidade do local, onde o sertão se compõe de inúmeros blocos e maciços que vão desde os quinze até uns cento e cinquenta metros, deduzi eu, e oferecem o que há de melhor aqui em Minas...

Assinamos o livro, comemos um delicioso chocolate e fomos fazer o rapel, pela via leste, tranquila e bem protegida, um acesso tranquilo para chegar ao cume, mas exige uma leitura boa para descer, pois o mesmo não é reto, um convite para passar boas horas na parede!

Descobri que Ouro Preto é muito mais que exploração do ouro, lendas e fantasmas, é história para tudo, pois além da herança cultural que ela guarda, tem fatos históricos até para nós, aventureiros! O Sr. Paulo Tarso Belisário realmente merece o nosso respeito, pois o mesmo alcançou este grande feito de trazer o montanhismo para as alterosas ouro pretanas e consequentemente para Minas, e após dez anos de pequenas incursões alcançou tal feito! Valeu galera, pois comemoramos trinta e sete anos de finalização desta maravilhosa via!!!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Pedra Grande: via primeiro dente






Rachassao em IgarapeDescontracao na viagem de idaAjeitando os equipos na base da viaFoto made By Julio PeopleSerra de Pedra Grande vista da estradaJulin na primeira parada da viaTunder na primeira enfiadaAnalisando a viaDedao na segunda parte da via entrando na grande chamineseguranca da primeira enfiadaAndre Durao no lance esquisitoJulin no cumeVisual do cume da pedra grandedetalhe do dentinho, o bloco mais claro da direitatunder chegando no topo da montanhapuxando corda por causa do atritoAndre Durao e o frio da serraPeople a noite rebocando os equiposVisual da trilha na hora de ir embora
Sempre que fui a Pedra Grande, observava desde a estrada as grandes chamines que se formam na face maior da montanha e vi que tem uma grande linha que e uma das mais lindas deste grande macico, enato desde sempre ja esperava poder subir tal linha, esta que foi a primeira via de pedra grande, denominada primeiro dente, e que ao procurar os betas fiquei sabendo de um "pequeno" lance no final que a galera passava um veneno para superar...
Inicialmente fui procurar a parceria, pois o Igao esta focando em mais vias esportivas e eu como sempre estou sonhando em "subir pelas paredes" e para isso necessitava de gente disposta a superar tais desafios! Previamente marquei com o Andre Durao e o Julin para que eles que estavam um pouco parados pudessem escalar algo que difere um pouco do tradicionalismo mineiro, que se constitui de muita escalada esportiva e pouco "paredismo", principalmente pela situacao geografica de BH oferecer somente pequenos blocos ou falesias que nao passam dos 50 mts, e rochas com maior proporcao geralmente necessitam de superacao de um trecho de acesso, com caminhadas que sao um pouco puxadas, e pela necessidade de levar agua, pois e algo qu falta muito nestas localidades. Dai pensei, cordada dee tres e bem incoveniente, pois a cada parada deve-se esperar o segundo participante e ira onerar consideravelmente o tempo para a escalada, wntao chamei o Andre Dedao, este que esta com sede de escalar rochas de rproporcoes maiores e que necessitam de uma certa logistica para que se tenha uma escalada tranquila e sem incoveniencias...
Depois de muita diversao na estrada, a descontracao na padaria foi maior pois ate o figurino o Andre Durao comseguiu improvisar, e depois de interacao com a populacao local, fomos focar no nosso objetivo: Cume!, a iniciar pela pequena caminhada que de seu inicio ao fim se constitui de terreno irregular e muita subida, com intervalos de sombra e brisa fresca e clareiras com o sol trincando na moleira!! Apos uns 50 minutos estavamos nos na base da via estudando uma forma de administrar as protecoes, pois a primeira dupla de frente iria sacando todas ass pecas e somente a segunda iria reecolher, o que poderia comprometer as protecoes disponiveis para as cordadas superiores!
Iniciei a escalada carregando uma tralha de equipos, seguido pelo Dedao, que foi o convocado para ser meu seg. e para o meu bel prazer, deixei um par de botas bem volumosos para ele depois sofrer nas chamines, pois o mesmo alem de carrega-las, levava equipamento fotogafico e mais mochila com agua e rango e ainda o calcado dele, crucial para que descessemos a serra depois da escalada! A primeira enfiada se mostrou tranquila, apesar do primeiro grampo estar a uns quinze metros de altura e somente um friend pode ser colocado, mesmo assim nao ficou 100%, mas que serviu para ajudar no psico, mais algumas chamin'es e se chega ao terceiro grampo, este que foi a melhor parada, pos nao trazia tanto atrito quanto s e eu parasse na parada dupla, que se localizada uns oito metros diagonais, e necesssitaria de uma forca maior para poder dar a seg.
A segunda enfiada o Dedao ja foi guiando, e depois de uma comunicacao confusa, me deu seg no meio daa enfiada pois o mesmo se perdeu na via... algo que eu ja tinha ouvido antes, por uma empreitada de um outro escalador que teve de desescalar a rocha ao se ver em uma pequena enrascada... mandei o lance dos trepa-mato e cheguei a um grampo isolado, mas que trazia certa confianca na continuidade da via, pois ao ver o croqui anteriormente, sabia que a proxima chamine, diagonal, era a continuacao da via, e como o Dedao estava na fome de escalar, nem pensei duas vezes e pedi para ele ir guiando, foi ai que vi esforco e dedicacao pois o mesmo apesar de entrar novamente em "linhas variaveis"na via desescalou e mandou ate chegar n no grandde plato, onde o Julio e o Andre Durao chegaram depois na sequencia e pudemos rangar um macarrao instantaneo para repor as energias e entrarmos na segunda parte da via...
Esta parte ja se mostra bem diferente da primeira, pois o proximo grampo esta a sessenta metros e invisivel para quem esta no plato, entao deve-se seguir instintivamente a linha de subida e chaminezar por pelo menos uns trinta metros uma fenda larga, porem um pouco quebradissa, entao merece atencao redobrada na escolha das agarras e dos locais para protecao, mas de grau nao muito elevado, e esta o Dedao guiou novamente, onde pode "brincar" com friends nuts e tricams, e proteger mais esta enfiada. Esta e uma cordada bem demorada tanto para o guia quanto para o participante, o que levou ao Andre e o Julio adesistencia de dar continuidade pela via, pois o tempo ja se mostrava escurecendo e estavamos com as headlamps na base da via, o que foi crucial para a decisao a ser tomada...
apos uns vine e cinco minutos escalando como segundo cheguei no plato para entrar na ultima enfiada, esta que se mostra bem exposta, pois na saida deve-se atravessar uma fenda larga e entrar na face oposta da que estavamos, mas isto e a uns 150 mts de altura e tem de se sair para a face da rocha, sendo um lance bem vertiginoso apesar de se mostrar facil, sacar um friend antes de se chegar no grampo, com as agarras um pouco ruins e bem drenante! depois de superar este lance mandei mais uns cinco metros diagonais e observei algumas fendas limpas, provavelmente para colocacao de pecas, protegi com friends pequenos e mais uns cinco metros pra cima finalmente o cume!, oden estavam o Julio e o Andre racionando algumas gotas de iogurte para eu e o Dedao meiarmos como comemoracoes a chegada do cume!
Valeu galera, pois este era um grande sonho e finalmente pude superar mais este desafio! Depois desta empreitada ficara como promesssa para o Julin e o Durao que ficaram encantados com a via e a logistica, e para mim que quero superar as enfiadas que fui de participante agora guiando, em uma das vias mais lindas de Igarapé!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Salinas

Nativo nos passando o beta das vias disponiveis para "mandar" naquele horario
Vista geral da via CERJ - Capacete
chapeletas drenantes para o artificial
finalmente no cume com o livro nas maos
valeu galera pela confianca e forca de vontade
fabin num lance de art da CERJ
Fabin, Caio e eu na X parada da via
fabin na Silvio Mendes, empreitada que tera retorno
Caio e o Pico Maior e o capacete ao fundo
mar de nuvens vista na chegada ao cume
detalhe do pico maior
camping no vale dos deuses
vale dos deuses com o capacete ao fundo
Neste ultimo feriado, apos uma pilha da galera de Ouro Preto, fui conhecer outra grande referencia do montanhismo nacional, o Parque dos Tres Picos, em Nova Friburgo, Rio de Janeiro; lugar maravilhoso, com montanhas "pura rocha" que alcancam ate os 700 mts da base ao cume e contam com varias vias tradicionais geralmente bem expostas e com algumas protecoes drenantes ao longo de suas enfiadas...
Inicialmente recebi os amigos Caio Torcillas e Fabio Melo (Fabin) ambos de Ouro Preto aqui em BH e pudemos curtir umas cervejas geladas nos bares ao redor de minha casa, jogar conversa fora e tramar a empreitada de escalar este grande marco geografico da serra do mar, sendo o mesmo o ponto culminante da referida serra e o sonho de muitos escaladores do Brasil e do mundo!
Na quinta de feriado o Difora apareceu vindo de Patrocinio e formou finalmente o bonde "mineiro" apesar do Difora e do Caio serem oriundos de Sao Paulo, mas ja se radicaram como mineiros, por passar grande parte de suas vidas em OP! Apos aproximadamente 500 km de estrada estavamos nos chegando em salinas, u, pequeno lugarejo onde as festividades juninas ja esperavam-nos com cerveja gelada e uma mocada bacana que frequentava a mesma! Quatro latinhas de cerveja e ja estavamos nos triando o equipo no carro e pegando a incessante subida para o vale dos Deuses, (dos deuses mesmo!) um lugar maravilhoso e apos uma pequena cochilada o sol nos mostrou a verdadeira realidade do lugar, montanhas que impoem o respeito a quem deseja subi-las...
ja iniciamos querendo subir o capacete e apos umas pequenas orientacoes dos frequentadores do lugar estavamos nos fazendo duas frentes de escalada cosntituidas pelo Fabinho e o Difora, e eu e o Caio, onde tentavamos incessantemente subir o mais rapido possivel, principalmente pela escalada ter se iniciado por volta de meio-dia (muito tarde para quem nunca subiu nenhuma via na regiao). foram umas dez enfiadas lindas, com direito a drenalancia na saida do plato e artificiais em chapeletas que parecem ter a mesma espessura de uma latinha de cerveja, usadas somente para o artificial...
Porr volta de 18 hs estavamos no cume e pidemos apreciar uma deslumbrante vista da serra do mar e dos grandes picos situados na serra dos Orgaos e no Itatiaia, sao visoes indescritiveis que elevam o estado de espirito e nos fazem admirar os conquistadores que puderam curtir esta aventura com equipamento disponiveis na epoca, coisa que nao e para qualquer um!
Apos assinar o livro de cume e prosearmos sobre a escalada, fomos fazer o rapel e por incrivel que pareca nos perdemos no meio das fracoes e ficamos passando um bocado de frio na parede, ate bolarmos um jeito de deixarmos as cordas na rocha e chegarmos no chao sao e salvos, mas com o compromisso de ter que buscar as mesmas no outro dia, para evitarmos ecesso de equipamentos nas paradas para outros que usassem a via para descer do cume!
chegamos no vale por volta de 1 da manha e apos um epqueno "lanche" fui curtir um sono incrivel neste lugar magico, mas no meio do sonho o Fabinho ja me chamava para escalar novamente e recuperar os equipos. Ja eram umas sete horas e eu nem havia comecado a descansar e ja juntava o pique para escalar novamente o capacete, agora por uma via menor, se nao me engano a primeira deste macico, chamada Alfredo Chermont onde pudemos lembrar a escalada "das antigas" superando uma parte da via usando os artificios de antigos conquistadores , em que o Fabinho se apoiou no grampo e subi nos ombros dele para poder costurar a proxima protecao, e o pior e que tinha duas escaladoras que foram na sequencia e mandaram em livre o lance (algo que eu num devia nem comentar) mas vai ficar como historia para os netos e amigos...
mais algumas enfiadas e estavamos no cume novamente, mas nao ficamos muito tempo pois queriamos curtir um pouco o camping e poder descansar que no domingo tinha muita estrada para descer e uma viagem de 500 km ate em casa, mas foi aquela trip que vai ficar na lembranca...
O Difora e o Fabin ficaram para mandar o pico maior mas fiquei sabendo que eles entraram na Silvio Mendes e tiveram que descer antes de chegar ao cume pois Sao Pedro os atormentava desde o inicio da subida entaum tiveram que desistir do feito, porem deve rolar outra trip ainda este ano e eu quero estar junto para poder curtir os valores da amizade junto com aqueles que confiamos nossas vidas e com prosa e cerveja comemoramos estas grandes aventuras!
Valeu!