segunda-feira, 30 de maio de 2011

Serra do Trovão

Caio no grande rapel da via


Caio rapelando, Difora e Tunder no banquinho do top


Visão geral da via


Difora e Tunder no top da primeira enfiada


caio fazendo a transposição do rapel


Cris cochilando e aproveitando o calor do sol




Noção da amplitude da rocha




Localizada a cerca de 18 Km de Ouro Preto, a serra do trovão é um imponente segmento do espinhaço e em sua face se concentram vários afloramentos rochosos de quartzito, a maioria em grande grau de inclinação negativa e proporciona uma escalada de alto nível, principalmente pela base da rocha se localizar a altura considerável em relação ao grande vale, este que no outro limite tem como referência a serra do itacolomy, outra grande formação em desnível que detém grandes blocos de quartzito e várias possibilidades de escalada...



A iniciar a trilha de acesso é bem tranquila, sendo um suave aclive no seu início, e ao chegar no topo da serra variam subidas e descidas leves, algo em torno de 40 min. para se chegar nas vias mais fáceis!


Por se constituir de várias chapadas algumas das vias tem o acesso bem complicado, sendo crucial que se passe sempre nas mesmas trilhas pois o terreno é muito sucetível a erosão, portanto, ao procurar escalar na região deve-se estar pelo menos acompanhado de quem conhece bem os acessos, para que não torne este belo paraíso em mais uma voçoroca, algo bem visível no entorno da serra. A via em questão foi denominada e-cliffs, antiga blood hell, e se inicia em um negativo bem expressivo, seguindo a linha evidente de dissolução da rocha, podendo ser protegida, em alguns lances em móvel, porém algo extremamente drenante, já que a fenda é bem irregular e nem sempre as proteções se mantém no lugar.


Até então foi graduada em 9?, mas ainda precisa de sugestões na sua segunda enfiada, que se inicia em um vertical tranquilo sequenciado por duas "barrigas" com agarras mínimas, am alguns casos de meia falange, sendo imprescindível o bom preparo físico e psicológico, mas o padrão das proteções é o normal da região, aproximadamente a cada dois metros.


O grande potencial de vias de padrão considerável é o que faz brilhar os olhos de qualquer escalador, e da estrada de terra que vai à Lavras Novas já se avista esta grandiosa loca, sendo uma potencialidade ainda para várias vias móveis e boulders de graduações variadas, e ainda se pode usufruir de um belo pôr do sol em sua base, uma dádiva de DEUS!




A via se cosntitui de 17 costuras, sendo nove na primeira enfiada e oito na segunda, para se rapelar pelo alto da serra deve-se fazer o rapel em fitas abraçando os blocos de rocha, mas é algo bem drenante na saída, por ser uma virada brusca, praticamente sem pés, então procure saber com os escaladores locais a melhor forma de acessar as vias...



Em chapada também se encontram inúmeras vias de escalada, sendo algumas concentradas em torno da cachoeira e outras na base da serra, do lado esquerdo da estrada de acesso, sendo estas em terras particulares, todas com graduação variada e leve inclinação negativa!



Agradeço ao grande Caio por nos receber em seu recanto, as Cris por sempre estarem dispostas a tudo e ao Difora por sempre estar estimulando a conhecer sempre locais incríveis e drenantes... valeu man!!! Salinas nos espera, é tudo nosso!!! Ah e a Lisa, que agora deve estar curtindo uma boa praia carioca, mas que tem disposição de sobra pra curtir com a galera!!!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

cachoeira da ostra

Fabinho de dando a seg. na via de 4 grau com a cachoeira ao fundo

Psicobloco ao som das águas

Crystianne Jardim mandando a via positiva

Visual das águas cristalinas com a parede negativa ao fundo

vista do poço da cachoeira

Croqui do "esquema geral" da Ostra


Localizada a cerca de 30 Km de BH, a cachoeira da Ostra é acessível através do povoado de Casa Branca, distrito de Brumadinho, e deve-se seguir, a partir do centro do distrito, rumo ao condomínio Cachoeiras da Aldeia, aproximadamente 1 Km após sair da praça, tem um poste à direita indicando um templo budista à frente, neste ponto, vire à esquerda e siga direto, continue pela estrada de terra até o final, onde tem um pequeno descampado, é aí que se estaciona o veículo e passa a seguir a pé! Suba a serra seguindo fielmente o caminho dos escravos, no seu topo, continue no rumo a leste e siga a trilha principal, ao chegar no riacho desça pela direita, seguindo a trilha já existente, no final do descampado há uma trilha à esquerda do riacho, ande por mais uns 300 mts por ela e a partir daí se chega na cachoeira. Há outra trilha à esquerda que vai em uma descida de um quarto grau, esta pode ser protegida por uma chapeleta de argola já instalada no local...


Leve fitas grandes pois na maioria das vias deve-se ficar ancorado e com a corda junto ao corpo, pois as mesmas estão literalmente se iniciando nas águas, o equipamento necessário é uma corda de 60 m(caso queira fazer a via do positivo) e um jogo com 12 costuras. Há também um bom psicobloco cotado em V1, com águas cristalinas na base. Nesta ocasião fomos eu, Fabinho, Crystianne Jardim, André Dedão e Tati (minastrekking). Crédito das fotos Crystianne Jardim

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Escalada na Roxane

"buraco" de descanso... hehehe

Perrengue para entrar no buraco

André "Dedão" na via da aresta


Croqui da via decotada



Em comemorações ao "dia D", reuni -me com o Thiago, Crystiane, Dedão, André Durão, Julio Diamantino, Flávia, Carlin, Baré, Gabi e Felipe e fomos para a Roxane; a iniciar havíamos marcado as 9 hs, mas com alguns pequenos atrasos fomos nos encontrar no Posto Chefão por volta de 10:50 hs, e ainda fizemos um pequeno pit stop p/o café (almoço) da manhã, poara depois de muitos atrasos irmos finalmente a Roxane...



A princípio estavamos na rocha por volta de 12:30, porém, ainda com meus "procedimentos", demorei mais uns quarenta minutos para iniciar a primeira via, esta conquistada no inverno do ano passado pelo Paulinho EXU e Tigrão, e até então cotada em sexto grau up, entrei diretamente nela para aquecer, porém ao em ver na primeira proteção, já estava minando a minha resistência e a dor nos meus pés, pois usava uma sapata ressolada em que pedi para apertá-la, mas não tanto, e já estava desistindo da cadena...


Entrei em outros movimentos e cheguei na 3a proteção, onde se faz uma equalização e me meti em um duplo sofrimento: o primeiro que era a agarra esquerda que em seu "copinho" a beirada era uma lâmina de faca que quase arrancou o meu dedo anelar, e resultou na anestesia do mesmo até poucos dias atrás! O segundo sofrimento é que eu, acostumado a usar as "peças padrões" (minhas) resolvi levar um jogo de friends de um amigo, e aquela maravilhosa peça que estava zero, era maior do que eu havia calculado, portanto acabei fazendo meia equalização, já que o mesmo estava no limite, entrando apenas alguns centímetros na laca... Toca, toca >> mandei mais algumas agarras e cheguei a uma ponte de pedra, onde imediatamente protegi com uma fita, mas o cansaço era tão grande, que na mesma hora nem pensei duas vezes, entrei de corpo e tudo no buraco pra descansar, uns 5 min lá dentro e estava pronto pra outra, e mais um pequeno esticão finalmente cadena! Porém depois ouvi falar que decotaram a via, na mesma hora meu semblante caiu e logo pensei, tô bem fraquinho...



Mudamos para outro setor e entramos em uma via clássica do lugar, uma aresta de uns trinta metros que se inicia após uma pequena escalaminhada de uns 10 mts, esta sim dá pra definir como 5o grau, porém que mina toda a resistência do caboclo, mas proporciona um belíssimo visual em seu topo, por se localizar em um dos pontos culminantes do maciço rochoso... Que lugar!!


Após esta o tempo já se mostrava no final do dia e resolvi entrar na "saidera" corri para um sexto grau que é a primeira via da direita do corredor da via clássica e esta se provou ser de ótimos movimentos, muitas agarronas, mas a exigência de muita técnica, pois todos os movimentos tinham que ser bem trabalhados, ao chegar na quinta proteção havia um pequeno platô e sequencialmente um negativo para superar, e com uma leitura básica notei que tinha que ir para os lados e trabalhar os pés altos para superar aquela parte... mais alguns metros se chega na penúltima proteção, e, com os antebraços queimando ainda tinha uns cinco metros esticados para chegar no top, nessa hora vi que somente com muitos descansos conseguiria alcançar a cadena, demorei uns sete minutos para superar os cinco metros , mas valeu a pena! Após desmontar a via praticamente no escuro, usufruimos o silencio ao som da mata e pudemos apreciar as estrelas, houve um momento de silêncio e aí vi o real encantamento do lugar...



Agradeço a todos que participaram desta escalada e peço a todos que se puderem evitar estacionar o carro próximo a formação rochosa, será de grande valia, pois esta parte do terreno não pertence a Roxane e isto acaba dificultando o manejo de gado por parte do proprietário e já criou indisposições junto aos mesmos, vamos respeitar o lugar!!